Tecnologia

A era das maquininhas

Escrito por:

ADRIANA STÊFHANIE

A maioria das pessoas já sabe que aceitar cartão não é mais uma opção dos empreendedores e, sim, uma necessidade que vem aumentando a cada dia – ainda mais nessa era moderna em que ficou muito mais prático e seguro andar com cartão no bolso.


Mas o que muita gente não sabe é que por trás de todas as empresas de maquininhas de cartão, conhecidas também por Adquirente ou Subadquirente, Credenciadora ou SubCredenciadora, existe uma grande estrutura tecnológica com vários envolvidos para que Comprador (dono do cartão) e Vendedor (dono de empresa) consigam realizar a transação de forma segura e rápida.

Tudo começa pela famosa maquineta ou maquininha, conhecida tecnicamente como POS (point of sale) ou ainda modelos chamados de PIN Pad. Eu explico a diferença:

PIN Pad é um dispositivo utilizado apenas para informar o PIN ou a “senha” de forma segura (criptografada). Ele é utilizado, geralmente, plugado a um computador e nesse caso quem faz o processo de transmissão dos dados da venda é o software da empresa que depende da internet para que esses dados cheguem protegidos ao destino final. É muito fácil diferenciar esse tipo de equipamento.
O PIN Pad não consegue resolver todo o processo de venda sozinho. Ele depende de um computador ou outro dispositivo como Smartphones ou Tablets com acesso à internet, além de software específico (homologado) e de impressora para o comprovante. Nos dispositivos móveis, o comprovante pode ser enviado via SMS e outros meios.


Já o POS é bem diferente, pois ele é totalmente independente e consegue resolver o processo da venda sozinho, sem precisar de mais dispositivos plugados e na sua grande maioria dispõe de tecnologia GPRS, que permite o transporte de dados por pacotes, através do uso de CHIP de operadora de telefonia. Também possui um software de venda dentro dele e impressora para o comprovante.
A indústria já tem investido em vários modelos mais modernos e tecnológicos, proporcionando mais serviços aos comerciantes a exemplo de alguns modelos de maquininha em formato de Smartphone com sistema operacional Android, permitindo a instalação de aplicativos para uso do comércio.

Mas qual a melhor?

Isso vai depender do seu objetivo.


Na maquininha POS, o comerciante não consegue usar mais de uma Credenciadora, já que o equipamento não vem com as chaves criptográficas compartilhadas, como no PIN Pad, e isso pode afetar futuramente de forma muito negativa. Pois, caso o comerciante decida trocar de Credenciadora, ele precisa trocar de equipamento. Com o PIN PAD, por outro lado, ele teria a livre escolha para decidir qual Credenciadora é a melhor para seu estabelecimento ou ainda poder trabalhar com mais de uma, já que o equipamento é dele.


Até certo tempo atrás, as gigantes Credenciadoras alugavam as maquininhas POS e tinham uma receita bem positiva sobre os aluguéis. Porém, o mercado mudou e ainda vai mudar muito daqui para frente, basta observar a guerra de preço por taxas que tem acontecido. No futuro, creio que vai sair na frente quem entregar pacote de soluções para os comerciantes que os ajudem a diminuir custos operacionais e aumentar as suas vendas, pois o custo operacional de um estabelecimento comercial ainda é elevado e, para isso, o comerciante que estiver atento, vai em busca de soluções que lhes dê melhor suporte.

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